domingo, 28 de agosto de 2011

Império Bizantino e Império Árabe

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Império Bizantino
                O colapso do Império Romano sentiu um de seus maiores golpes quando, em 395, o imperador Teodósio dividiu os territórios em Império Romano do Ocidente e do Oriente. Em 330, o imperador Constantino criou a cidade de Constantinopla no local onde anteriormente localizava-se a colônia grega de Bizâncio. Não sentido os reflexos da desintegração do Império Romano, a cidade de Constantinopla aproveitou de sua posição estratégica para transformar-se em um importante centro comercial.

Império Bizantino em 550. Com a fim do reino ostrogodo, a Itália caiu no domínio bizantino

                Cercada por águas e uma imponente fortificação, a cidade de Constantinopla tornou-se uma salvaguarda aos conflitos que marcaram o início da Idade Média. Com o passar do tempo, o Império Bizantino alcançou seu esplendor graças à sua prosperidade econômica e seu governo centralizado. No governo de Justiniano (527 – 565), o império implementou um projeto de expansão territorial que visava recuperar o antigo esplendor vivido pelo Antigo Império Romano.
                Ao longo de seu reinado, Justiniano conseguiu conter o avanço militar dos persas e búlgaros sob a região balcânica. Logo depois, empreendeu a expulsão dos vândalos do Norte da África. Mais tarde, deu fim à dominação gótica na Península Itálica e tomou a Península Ibérica dos visigodos. Apesar de chegar a reagrupar os antigos domínios da Roma Antiga, Justiniano não conseguiu resistir às novas invasões dos povos germânicos na Europa e a dominação árabe no Norte da África.
                No plano político, Justiniano buscou a formulação de leis que se inspiravam nos antigos códigos jurídicos romanos. Formando um conjunto de juristas influenciados pelo Direito Romano, Justiniano compilou um grupo de leis que formaram o chamado Corpo do Direito Civil. Apesar de empreender a ampliação dos domínios do império, Justiniano foi vítima de uma grande conturbação. Na Revolta de Nika (532), vários populares organizaram um movimento em protesto contra as pesadas cargas tributárias e o grande gasto empreendido nas campanhas militares.
                Mesmo contando com essa aproximação do mundo romano, o Império Bizantino sofreu influência dos valores da cultura grega e asiática. Um dos traços mais nítidos dessa multiplicidade da cultura bizantina nota-se nas particularidades de sua prática religiosa cristã. Divergindo de princípios do catolicismo romano, os cristãos bizantinos não reconheciam a natureza física de Cristo, admitindo somente sua existência espiritual. Além disso, repudiavam a adoração de imagens chegando até mesmo a liderarem um movimento iconoclasta.
Essas divergências doutrinárias chegaram ao seu auge quando, em 1054, o Cisma do Oriente estabeleceu a divisão da Igreja em Católica Apostólica Romana e Ortodoxa. Dessa forma, a doutrina cristã oriental começou a sofrer uma orientação afastada de diversos princípios do catolicismo tradicional contando com lideranças diferentes das de Roma.
                Na Baixa Idade Média, o Império Bizantino deu seus primeiros sinais de enfraquecimento. O movimento cruzadista e a ascensão comercial das cidades italianas foram responsáveis pela desestruturação do Império. No século XIV, a expansão turco-otomana na região dos Bálcãs e da Ásia Menor reduziu o império à cidade de Constantinopla. Finalmente, em 1453, os turcos dominaram a cidade e deram o nome de Istambul, uma das principais cidades da Turquia.

Império Árabe
                Na Arábia coexistiram duas civilizações: ao sul viviam grupos sedentários, que se dedicavam à agricultura e ao comércio; ao sul ficavam os beduínos, nômades que viviam no deserto praticando o pastoreio. Ambos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. O contato com os hebreus e cristãos fez com que os beduínos adotassem uma divindade suprema, que eles chamavam de Alá, sedimentando os terrenos para o islamismo.
A Caaba, ainda hoje reverenciada pelo Islã

                Segundo a tradição islâmica, no século VII, Maomé recebeu a missão de pregar a vontade de Alá, afirmando como deus único, eterno, criador de tudo o que existe. Mas a nova doutrina encontrou resistência dos sacerdotes de Meca, cidade de peregrinação, onde está o templo da Caaba, que os árabes visitavam para cultuar seus ídolos.
Em virtude da oposição dos sacerdotes, em 622, Maomé transferiu-se para Yatrib, que passou a ser chamada de Medina. Esse fato é conhecido como hégira (fuga), e o ano 622 do calendário cristão passou a ser considerado o primeiro ano do calendário islâmico. Em 630, quando já havia consolidado sei poder político e religioso, Maomé formou um excército, invadiu Meca e destruiu os ídolos que ficavam na Caaba.
                Depois de se expandir pela península Arábica, nas décadas seguintes à morte de Maomé, o islã se alcançou  o norte da África, chegando até a península Ibérica, onde hoje é Portugal e a Espanha.


Império Árabe em sua máxima extensão
                O islamismo defende a tese da predestinação, segundo a qual as pessoas ocupam no mundo um lugar predeterminado por Alá. A doutrina islâmica está formulada no Corão, ou Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
Expansão da cultura árabe
Durante o período de conquistas, ampliaram seu conhecimento através da absorção das culturas de outros povos, levando-as adiante a cada nova conquista. Foram eles que espalharam pela Europa grandes nomes como o de Aristóteles e também outros nomes antiguidade grega. Eles fizeram ainda importantes avanços e descobertas médicas e cientificas que contribuíram com o desenvolvimento do mundo ocidental.
No campo cultural, artístico e literário deixaram grandes contribuições. A cultura árabe caracterizou-se pela construção de maravilhosos palácios e mesquitas. Destacam-se, nestas construções, os arabescos para ilustração e decoração. A literatura também teve um grande valor, com obras até hoje conhecidas no Ocidente, tais como: As mil e uma noites, As minas do rei Salomão e Ali Baba e os quarenta ladrões. 

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